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nona

06
Jun15

Gallaecia:- Arcos, terra do Vez

nona

 

 

 

 

NO RESCALDO DO XXIII ENCONTRO DE FOTÓGRAFOS E BLOGUES

(ALTO MINHO - TERRAS DO VEZ)

 

- ARCOS, TERRA DO VEZ -

 

1º QUADRO - Casa Solarenga de Requeijo

 2015 - XXIII Passeio Lumbudus (Celanova, Lindoso,

Já há muto tempo que tínhamos em mira este edifício.

 

Trata-se de uma construção barroca de grandes dimensões. Tem uma capela lateral de finais de setecentos, dedicada a São Francisco.

 

Lia-se, assim, num sítio da internet: “(...) o característico solar de planta retangular, provavelmente do século XVIII, apresenta duas torres ligadas por um corpo mais baixo, compostas por três pisos e coroadas de cubos e esferas, possuindo a do lado esquerdo um passadiço comunicante com a capela lateral de S. Francisco. A loggia acento em arco, percorrendo toda a fachada. O piso térreo, elemento típico nestas construções, é destinado a arrecadações. O andar nobre integra vergas elaboradas em cantoria ao nível das portas, num conjunto global de grande cumplicidade”

 

Quanto à casa solarenga, ainda na internet, diz-se que é unidade de turismo de habitação, classificada como Imóvel de Interesse Público. Todavia, não nos parece que ali se pratique (ainda) qualquer turismo de habitação. Provavelmente, terá essa finalidade, mas a cuidar pelo estado ainda do seu edifício e da sua envolvente, parece-nos que ainda há muito a fazer para assim aconteça.

 

Quanto à dita capela dedicada a S. Francisco, a questão é toda outra. Manifestamente, a fachada frontal é belíssima, mas, fora isso, ou seja, as paredes exteriores que visionamos e tudo o resto, é ruina e desolação, pasto de lixo, bichos, silvas e outros arbustos que por ali proliferam em comunhão com o que resta da sua ruína! Esperamos, sinceramente, que haja documentos que possam permitir a sua reconstrução para «abrilhantar» o lindo «palacete» que lhe está ao lado.

 

Perdemos algum tempo para lá chegar e, apesar de sabermos que ali existe um pequeno muro, não sabíamos que os seus proprietários tinha um «responsável» para, se possível, nos lançar o cão por «abusiva» invasão de propriedade. A vedação, se é que existe, mal a vimos. E nada vimos também a indicar que se tratava de uma propriedade privada cujo acesso teria de ser solicitado.

Para quem apenas desejava fotografar o exterior do edifício, dito de interesse público, não percebemos porque querer «esconder» o quê!

 

Não confundir esta casa com uma outra ao lado com o mesmo nome - a Casa do Requeijo - e para o mesmo fim - turismo de habitação.

 

2º QUADRO - Igreja do Espírito Santo

 

2015 - XXIII Passeio Lumbudus (Celanova, Lindoso,

Quando parámos o autocarro, ao lado do rio Vez, ao nosso lado esquerdo, num alto, vemos logo a torre da Igreja do Espírito Santo.

 

A Igreja do Espírito Santo é um monumento religioso de Arcos de Valdevez, estando situado no Jardim dos Centenários, freguesia Salvador.

 

A sua construção iniciou-se em 1647, tendo sida concluída a sua estrutura em 1681. As obras prolongaram-se ao longo do século XVII. A fachada atual foi reformada durante o século XIX. A torre sineira foi construída entre 1724 e 1727 pelo Mestre Domingos Matias e a capela-mor foi ampliada em 1746.

 

Subimos para a ver e apenas dar uma volta pelos arredores - estávamos manifestamente já cansados e ansiosos por regressar a Chaves. Teríamos gostado entrar no seu interior para o ver, contudo, aquela hora, estava fechada. As informações que possuímos dizem-nos que o seu interior, de uma só nave, é decorado com um riquíssimo conjunto de talha barroca setecentista. O teto da capela-mor é revestido de caixotões e, ao centro, encontra-se um retábulo em talha dourada da autoria dos mestres Manuel Antunes e Francisco Pacheco, construído em 1666. Está classificada como Imóvel de Interesse Público. Teremos, com certeza, mais oportunidades para nos deslocarmos a Arcos de Valdevez pois razões, na verdade, não nos faltarão. Nessa altura, aproveitaremos para fazer uma reportagem, o mais completa possível, sobre esta linda terra do Vez, da província do Minho.

 

3º QUADRO - Casario típico

 

2015 - XXIII Passeio Lumbudus (Celanova, Lindoso,

Enquanto nos dirigíamos para junto do autocarro, ao passar pela Biblioteca de Arcos de Valdevez, do lado direito, chamou-nos a atenção este típico casario, já em manifesto mau estado de conservação.

 

4º QUADRO - Tapetes de rua coloridos

 

2015 - XXIII Passeio Lumbudus (Celanova, Lindoso,

E passámos por uma das ruas, nas proximidades da rua marginal ao Vez, deliciando-nos com este lindo tapete de rua. Ainda pensámos que teria a ver com qualquer procissão, que, dado no dia seguinte ser domingo de Ascensão, aí teria lugar.

 

Engano nosso. Afinal trata-se de uma tradição. Expliquemos. Sabemos da «arte» dos minhotos para de tudo fazerem enfeites. Tanto mais que os enfeites de rua já remontam ao tempo de D. Manuel, aquando da sua passagem por esta localidade em direção a Santiago de Compostela, em 1525. Foi nessa altura que esta terra se passou a chamar, ou dar-se-lhe o nome, de «vila dos Arcos”. Ora, é este mesmo espírito festivo que emerge com a festividade da Senhora do Castelo, e a sua procissão que, da vila, se dirige à sua capela. A primeira peregrinação remonta a 1899 e, com ela, as ruas foram atapetadas para a passagem da procissão com o andor da Senhora. Esta tradição tem-se mantido ao longo destes anos todos. O tapete de rua que presenciámos era então para, no dia seguinte, a passagem da procissão da Senhora do Castelo.

 

5º QUDRO - Tapetes de rua feitos em parceria com a Câmara Municipal e algumas associações

 

2015 - XXIII Passeio Lumbudus (Celanova, Lindoso,

São algumas associações do concelho, conjuntamente com a Câmara, que levam a efeito a conceção destes tapetes que decoram várias artérias de Arcos para a passagem da procissão.

 

As ruas Dr. Cerqueira Gomes (Direita), Amorim Soares (dos Açougues), S. João (Valeta), Lira e 25 de Abril, serão espaços de graciosas criações artísticas a registar.

 

O percurso da procissão, das ruas de Arcos para o Monte do Castelo sai da Matriz, desce a Praça Municipal, segue pela Rua Direita, desce a Rua Amorim Soares, segue pelo Campo do Trasladário, sobe a rua 25 de Abril e Norton de Matos, Largo da Lapa e desce a Rua de S. João e Valeta, sobe à rua do Lira, segue pela Rua Soares Pereira até à Lapa, sobe a Rua Nunes de Azevedo, seguindo por Vila Fonche até o Monte do Castelo.

 

6º QUDRO - O crucificado

 

2015 - XXIII Passeio Lumbudus (Celanova, Lindoso,

Provavelmente de uma destas janelas, entre este impressivo crucificado, uma outra «Avó Sara» teria estado naquele domingo, dia 25 de maio passado, amiga ou «parenta» de um outro «Eduardo Pimenta», à espera que a procissão passasse para lançar pétalas de flores ao andor com a imagem de Nossa Senhora do Castelo.

 

Pela nossa parte, ficamos por aqui, despedindo-nos das terras do Vez e do PNPG, e regressando às terras do Tâmega, preocupando-nos com outros enfeites e procissões...

 

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