Gallaecia - Pelas terras do Alto Tâmega e Barroso - Pela Montanha II
«VAGUEANDO» PELOS TRILHOS DAS ALDEIAS DA MONTANHA (NOGUEIRA)
PARTE II
(24.maio.2015)
(Num cruzamento de caminhos, este lindo arbusto de giesta florida.)
(E, ao longo do caminho do planalto, com as giestas e os carvalhos a rodearem os campos de centeio,)
(fomos encontrando flores silvestres,)
(cujos nossos conhecimentos não dão para lhes chamar pelo nome próprio,)
(mas duma beleza e delicadeza)
(que nada fica a dever às que plantamos nos nossos jardins. Muito pelo contrário!)
(Mais um cruzamento de caminhos, completamento rodeados de giestas floridas, sob um céu azul, lindo!...)
(Ultrapassado mais um campo de semeadura de centeio,)
(aparece-nos, à margem do carreiro, canteiros de cardos,)
(com as borboletas ziguezagueando sobre eles.)
(Voltando à direita, em direção à povoação, que já se via ao longe, mais um campo de centeio.)
(E, à margem de um campo lavrado, uma dedaleira.)
(Aproximámo-nos dela para a observar. Que lindo ramo!)
(Tardiamente, as nossas aldeãs e aldeões, da Montanha flaviense, despertaram para a vantagem do plantio do castanheiro, que agora labutam para que, a todo o custo, medrem.)
(Mas a Montanha é terra do carvalho, de lenha, de pedras tão antigas, em comunhão com o musgo.)
(O sol apertava e, qualquer velho e minúsculo casebre, serve para uma pausa, de descanso, à sombra protetora da árvore que o guarda.)
Enquanto parávamos - eram 16 horas e 5 minutos - uma raposa, fugitiva e sorrateira, passa-nos à nossa frente, sem sequer termos tempo para dar um clique! Mas quem, a esta hora, a poderia esperar?...
Fazendo completo silêncio, sentimos ainda mais a natureza a «explodir» de vida: flora de mil cores, de odores e feitios, toda em verdadeira pujança; fauna, de um modo especial os passeriformes, em diferentes trinados e sinfonias, quais bandas ao desafio, nos coretos, em dias de festa ou romaria.
(A aldeia aproximava-se e, num campo vasto de ervas, protegido pelos velhos carvalhos,)
(uma bonita giesta branca, isolada, das poucas que encontrámos.)
(E, num lameiro ao lado, a burra do ti Tónio.)
(Por um caminho, por onde tantas gerações com carros de bois, chiando, passaram, deixando bem vincadas as suas marcas das rodeiras, chegámos à aldeia.)
(E, findo este vaguear, de cerca de duas horas e meia, por terras da montanha, num domingo de maio solarengo, aqui vos deixo o que de mais singelo, frágil e bonito encontrei, no final deste nosso caminhar, para vos oferecer.)